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Começou como um diário de dieta hiperproteica... mas pediu mais: alimentação saudável, descobertas, explicações para aqueles que acham que comer bem é meio caminho para viver mais e melhor.
O tempo, já dizia Einstein, é relativo. Um mês pode passar muito rápido para os mais velhos, parecer uma eternidade para uma criança, e impossível de levar a cabo para quem faz dieta. Quando estamos habituados a comer tudo o que nos apetece, imaginar um mês privado dos melhores sabores que experimentamos pode soar a tortura. E na verdade, acredito que o seja: se for feito de maneira errada.
Quis mentalizar-me que este dia ia chegar rápido e na verdade chegou.
Passou um mês de dieta hiperproteica, hipocalórica, sem passar fome e com resultados visíveis!
Posso sem sombra de dúvida dizer agora que recomendo esta dieta a qualquer indivíduo saudável que pretenda perder peso sem demasiados esforços.
O esforço é a privação dos hidratos de carbono, mas para a mensagem passar acho importante senti-lo na pele. Afinal também tivemos muitos bons momentos a comer aquilo que não devíamos, certo? E como na natureza nada se perde, tudo se transforma, agora é hora de "pagar" por esses pequenos exageros.
Noto que estou mais magra e que o meu corpo se vê mais definido, isto graças à ginástica que faço. Ao mesmo tempo fiz uns dias de asneira a mais lá para trás, abusei (muito) bem nos dias de mais liberdade e o meu objectivo ainda não está a 100%. Por isso vou continuar mais uns dias a dieta até conseguir o meu objectivo. Afinal, se já cheguei até aqui, mais vale levar tudo até ao fim!
Almoço: filete de peixe-espada com bolinhos de courgette
Os bolinhos de courgette são uma espécie de bolos de bacalhau (mas sem bacalhau, sem batata, sem farinha) com courgette e queijo. No entanto, e mais uma vez, foi difícil ligar os ingredientes! O ovo escorria, e a forma não se mantinha muito bem enquanto fritava. Precisa de algo que os compacte mais. Mas o sabor é muito bom e têm uma textura levemente crocante graças à courgette.
Jantar: requeijão com legumes: cenoura, aipo, rabanete
Como hoje não fui correr nem me apetecia mais sopa repeti este jantar light. Desta vez tentei sem cebola nem alho, mas continuo a não achar muita piada e achar algo enjoativo. Lembrei-me mais tarde que o sumo de limão talvez ajudasse!
- Como já disse anteriormente, estou a postar em deferido. Pelo que neste momento vou muito mais avançada na dieta. ;-)
Portanto, continuei para lá do dia 31 e o balanço que deixo do pré e pós dieta corresponde ao dia 35! Confiram:
Não sou muito adepta de divulgar dados "pessoais", mas aqui fica a tabela que fiz. Espero que se revejam nos resultados ou apresentem uns ainda melhores!! :-)
Como vêem, não é preciso nem se deve andar com a balança sempre atrás ao fazer uma dieta. Eu segui à risca as recomendações do livro e pesei-me mais ou menos cada 15 dias. Excepto no "fim", ou dia 35 para fazer um balanço mais correcto. Caso contrário tinha desanimado com certeza ao não ver os ponteiros baixarem ao ritmo que queria.
Noto que há alturas em que emagreço mais e outras menos, e ao que parece é normal. Seguindo a página facebook do livro parece que acontece com mais gente. E claro, quanto mais se perde, mais dificil fica emagrecer.
A última pesagem e medidas que tirei foram do dia 56 e estou quaaaaseee a atingir o meu objectivo! Mas está a custar chegar lá. Principalmente por causa da barriga! É a parte que me estou a focar mais neste momento. Mas a barriga está sob influência de imensos factores, principalmente a função intestinal, os ciclos mentruais e claro, genética.
Disseram-me que os cremes lipolíticos à base de café fazem mesmo efeito em zonas problemáticas localizadas.. se calhar devia investir nisso para a "operação bikini".
De todas as maneiras, estou bastante contente com os resultados. Acho que ter decidido fazer esta dieta foi das melhores decisões que tomei este ano. Sinto-me me muito melhor, sou mais cuidadosa com a comida e sinto-me capaz de controlar aqueles desejos por doces, que era um grande problema.
Além disso, e como troféu final: consegui vestir a saia 36 que tinha cá guardada em casa desde há 10 anos. Nem acreditava quando me vi com ela vestida!! Guardei-a todo este tempo como uma recordação para mim mesma do tempo em que podia vestir aquilo que me apetecia e como lembrança para voltar aí. Pensar que há dois anos não a conseguia fazer passar das coxas e agora consigo apertá-la e andar com ela é uma grande, grande vitória.
Por isso, a tod@s vocês, encontrem "a vossa própria saia 36", sigam em frente e motivados numa dieta, na manutenção de um estilo de vida saudável ou na práctica de um desporto que vos proporcione prazer e festejem no dia que conseguirem vestir aquela peça de roupa que tanto esperou! No fundo não depende de mais ninguém além de nós.
Vou postando os resultados posteriores!
Há muita gente que me pergunta o porquê de uma dieta, que me desaconselha a seguir um padrão alimentar tão restrictivo e que diz que se me limitasse a fazer uma alimentação normal que emagreceria.
Mas não é bem assim:
Vou fazer uma pequena retrospectiva pessoal: há cerca de 8 anos atrás mudei para um estilo de vida bastante sedentário e, não bastasse não ter reduzido o que ingeria, ainda comecei a comer alimentos mais calóricos. E inevitavelmente engordei.
Para 1,62m chegar a pesar 65kg (acho que cheguei aos 67kg uns meses) já é indicador de Sobrepeso (IMC>24). Era algo que me fazia sentir mal e que todos os dias pensava mudar. Mas nunca passava daí: “pensar”. Até que há pouco tempo atrás resolvi deixar de ser passiva e decidir o que queria fazer com o meu corpo.
Comecei a praticar desporto: spinning, step, jogging (como exercício aeróbio), e GAP, pilates e yoga (como anaeróbio). Resultado? Odiava desporto, hoje em dia adoro.
Há cerca de um ano resolvi mudar os meus hábitos alimentares e ganhei (felizmente!) o gosto pela cozinha: no dia-a-dia cozinho pratos muito saudáveis e com sabor, que é bastante prazeroso!, como raramente fora de casa e evito produtos pré-fabricados .
Tudo isto revolucionou a minha vida! Com estas mudanças emagreci cerca de 5kg, tonifiquei bastante o meu corpo e comecei a sentir-me melhor comigo mesma. Já não era a mesma pessoa de há uns anos atrás.
Say no - Imagem retirada da Internet
Contudo isto não foi suficiente para atingir o peso que busco atingir. A prática de desporto que não seja num nível intenso não me vai fazer
emagrecer mais do que isto, nem comendo de forma saudável!
E porquê? Porque comer de forma saudável é isso mesmo: dar ao nosso organismo aquilo que ele necessita.
Logo, se ele tem aquilo que precisa porque é que há-de queimar as reservas que tem? E sem isso não se emagrece...
Então, para o conseguir é simples: há que criar um balance energético negativo – comer menos do que se gasta/gastar mais do que se come!
- Se eu gasto diariamente 1800kcal e ingiro 1800kcal «+1800-1800 = 0», dá um Balance Energético de Zero: não vou emagrecer, vou manter o meu peso.
- Se eu gasto 1800kcal e reduzir a ingestão de calorias para 1600kcal diárias «+1600-1800=-200» dá um Balance Energético Negativo: aí sim, crio uma privação e o meu organismo vai ter de mobilizar as reservas que tinha acumuladas. Todos aqueles adipócitos, as células que guardam as gotas de gordura, vão ser “chamados” a cedê-la.
É assim que se emagrece. Sem criar um Balance Energético Negativo ninguém, ninguém mesmo, emagrece. Por muito que queira acreditar em milagres, há que ser realistas.
E até quando fazer dieta? Até obter o peso desejado, claro. Mas, e a partir daí?!
Uma dieta equilibrada é para manter para a vida. É lógico que se voltar a comer como antes e não gastar essas calorias qualquer pessoa engordará. Mas também é lógico que comer como antes é errado e é para mudar.
Se sei que não gasto mais de 1800kcal não posso comer 2000kcal por dia!
Uma vez que tiver emagrecido deve-se voltar a comer de forma saudável, voltando a integrar todos os alimentos mas não ultrapassando as necessidades calóricas que se necessitam. E assim esse peso atingido será mantido.
Pode-se abusar, desde que nos dias seguintes se compense.
Compensação é a palavra de ordem, ou chamemos-lhe equilibrio, como qualquer outra coisa na vida!
Se não dormimos uma noite, no dia seguinte vamos ter de repor essas horas de sono. Se acumulámos trabalho durante a semana, quando o fim-de-semana chegar vamos ter de trabalhar e compensar o que não se fez nos últimos dias.
Se comemos um jantar muito calórico hoje amanhã temos de nos moderar para permitir que o corpo gaste o excesso do dia anterior.
Emotional Eating - Imagem retirada da Internet
Muitas vezes o problema reside na força de vontade para mudar e manter os hábitos. É que comer é um acto que nos dá prazer. Aliás, segundo a Teoria Psicanalítica, o prazer oral é o primeiro que experimentamos quando somos crianças e, tal como os outros, perpetua-se na vida adulta. Comer é um exemplo, tal como a sucção do mamilo, o beijo ou fumar.
Por isso desvincular-se afectivamente da comida, deixar de a ver como algo que nos faça sentir melhor emocionalmente mas sim como algo que vai nutrir o nosso corpo é do meu ponto de vista um grande passo.
Começei por uma análise ao meu corpo. Espero que daqui a 31 dias possa ver a diferença nos números… para baixo!
Subi à balança, calculei o meu Índice de Massa Corporal (IMC) e tirei medidas: peito, cintura, barriga, glúteos e coxas.
A Ágata aconselha a tirar uma fotografia para ir comparando a redução de volume corporal ao longo das novas fases.
Sinceramente estava sem pilhas na minha máquina fotográfica e passei isso à frente, mas aconselho e suponho que seja eficaz comparar a foto do primeiro e último dia.
Além disso, é aconselhável despedir-se convenientemente dos seus petiscos favoritos.
No meu caso, decidi começar esta dieta de repente e nem tempo tive para o fazer.
Por isso, prevariquei um bocadinho no primeiro pequeno-almoço com um macaron que tinha sobrado do fim-de-semana! Depois disso dei os restantes e congelei alguns para mais tarde.
E como é que correu este primeiro dia?
Às vezes junto-lhe uma torradinha com pão integral.
Ao fim-de-semana quebro a rotina com umas torradas e café com leite.
Resolvi não abdicar do meu pequeno-almoço que considero um tesouro e me permite chegar às 12h sem fome! A aveia e a laranja são aliadas do meu trânsito intestinal e acho importante mantê-las.
Mas isso é porque sei que não vou ter mais propensão a comer coisas que não devo durante a manhã ao manter este pequeno-almoço e porque tenho um elevado gasto energético nestas horas. A aveia foi uma feliz descoberta e é o alimento que me permite não ter aquela sensação de fome a meio da manhã, que antes achava indomável.
Segui a receita proposta no livro e quem me viu comer apelidou o prato de gourmet! A verdade é que, seguindo as proporções, fiquei cheia! E a receita é deliciosa!
Ao longo da tarde não senti fome! Maravilha para o 1º dia de dieta. No entanto comi na mesma a gelatina e o ovo cozido que eram aconselhados. Tudo isso fez com que não tivesse fome, de novo, à hora do jantar.
Com ou sem vontade de comer, a receita animou-me a experimentar e foi das melhores receitas que experimentei nos últimos tempos. Razão pela qual o meu prato foi assaltado diversas vezes! Este vai ser daqueles pratos que vou com certeza continuar a fazer uma vez terminada a dieta.
Fiquei bem satisfeita, de novo!
Shrimp and mushrooms in soy sauce - Imagem retirada da Internet
Apesar de não ter fome continuo a jantar e almoçar às horas do costume. Comer a horas regulares é muito importante e ajuda a manter estáveis os níveis de açúcar no sangue. E, tal como referi antes, ajuda à auto-disciplina!
Ao fim do primeiro dia posso concluir que não custou a passar. Tive de me relembrar que não podia comer pão, por exemplo, mas à hora das refeições principais não tive problema. As quantidades sobravam e o sabor era delicioso.
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